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Publicado em 30/6/11, às 15h34.

O conselheiro do CNMP e procurador de Justiça do Rio Grande do Sul, Cláudio Barros, disse que o ingresso de profissionais de concursos na carreira do Ministério Público tem feito com que a instituição comece a caminhar para a elitização, criando uma situação de contradição. “Os colegas entram com uma ideia de instituição elitizada e vão ter um compromisso institucional de defender um cidadão mais carente. Esse é um grande desafio nosso que temos de enfrentar”, afirmou o procurador durante palestra no III Congresso Estadual do Ministério Público da Paraíba, quando abordou o tema principal do encontro “Ministério Público: Antigos Dilemas, Novos Desafios”. O congresso acontece de 29 de junho a 1º de julho, em João Pessoa.

De acordo com Cláudio Barros, o perfil do promotor que ingressa na carreira hoje é diferente do perfil de um promotor que entrava no Ministério Público há 15 anos, tendo em vista a massificação do ensino do Direito no Brasil e o atrativo que representa o subsídio oferecido na carreira ministerial e na magistratura. Ele observou existe uma gama enorme de pessoas que querem ingressar no serviço público para ter uma remuneração mais qualificada e o Ministério Público e magistratura são as que pagam a maior remuneração do serviço público brasileiro.

Observou, ainda, quando abre um concurso com 20 cargos para promotor de Justiça, a concorrência chega a 200 candidatos por vaga, com interessados de todo o Brasil. No entanto, os que têm mais chance de aprovação são os que tem sustentação familiar mais consistente, que permite que ele só estude e que viaje o Brasil inteiro para fazer concurso. Quando essas pessoas passam nos concursos, elas vão atuar no interior dos estados, com uma realidade diversa da sua.

“Eles vão trabalhar no interior e passarão a ter uma visão diferenciada das coisas, porque não são pessoas que construíram a sua vida naquele local, com aquela realidade. Quem ingressa no MP e na magistratura são pessoas que não trabalham e vivem para estudar. Antes, quem ingressava trabalhava o dia interior e estudava a noite. Hoje nós temos profissionais de concurso e isso faz com que a instituição comece a caminhar para uma elitização”, afirmou.

Segundo Cláudio Barros, para enfrentar esse desafio o Ministério Público tem que entender essa situação e achar o caminho para aperfeiçoar a atuação ministerial.

Texto e foto: Assessoria de Imprensa – MP/PB


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