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Prêmio Respeito e Diversidade
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Publicado em 21/9/21, às 17h54.

imprensaNesta terça-feira, 21 de setembro, aconteceu a solenidade de entrega do Prêmio Respeito e Diversidade, na sede do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília, com transmissão ao vivo pelo canal da instituição no YouTube. Na modalidade Imprensa, dentro da categoria Jornal Impresso, Revista Impressa e Webjornalismo, os vencedores foram: Helton Simões Gomes (1º lugar), Julia de Miranda (2º lugar) e Claudia Rolli (3º lugar).

As matérias e reportagens impressas e digitais trouxeram informações que promoveram a conscientização sobre valores basilares de uma sociedade democrática e livre de preconceitos. O primeiro colocado recebeu R$ 20 mil; o segundo lugar, R$ 15 mil; e o terceiro, R$ 10 mil.

O editor do Núcleo de Diversidade do UOL, Helton Simões, e a editora do canal de ciência e tecnologia “Tilt” no UOL, Fabiana Uchinaka, representaram a reportagem on-line que recebeu o prêmio máximo, intitulada “Quando o DNA diz de onde vim”, publicada no portal UOL. É ainda coautora desse trabalho Loiane Gomes Ferreira.

Helton Simões explica que a produção da matéria consistiu na missão de pedir a personalidades negras entrevistadas que compartilhassem o próprio DNA com um laboratório e, então, revelassem à equipe de reportagem não apenas os dados do material genético, mas também “as histórias do que sabem sobre suas famílias, o afeto que trocaram e o rastro de ausências decorrente da lacuna de memórias”. Segundo o jornalista, “esta premiação coroa um esforço logístico, de empatia e de aprendizado realizado ao longo de nove meses”.

O segundo lugar foi alcançado pela jornalista multimídia e apresentadora Júlia de Miranda, autora da matéria “Heroínas negras do Brasil: cinco mulheres que todos devem conhecer”, publicada no site da Revista Azmina. A vencedora destaca que “escrever a matéria foi uma pequena contribuição acerca de algo que vai demorar muito tempo a ser resolvido: milhares de mulheres negras que fizeram e fazem parte da construção do Brasil não são reconhecidas”.

Sobre o prêmio, Júlia de Miranda ressalta que “surgiu como um reconhecimento por iluminar novas narrativas não hegemônicas e insurgentes. O jornalismo precisa se posicionar, sim, tocar em feridas, ouvir atentamente fontes que não vão falar só o que queremos ouvir”.

A agraciada com o terceiro lugar foi a repórter da Folha de S. Paulo Claudia Rolli, que escreveu a matéria “Diversidade nas empresas abre a porta para a inovação”, publicada no portal e na edição impressa do jornal.

De acordo com a autora, o objetivo do trabalho foi aprofundar o debate sobre como as companhias que adotam políticas inclusivas e que possuem equipes heterogêneas podem conseguir desempenho financeiro superior na área em que atuam, o que estão fazendo para ir além da diversidade e se realmente estão com foco na inclusão.

Cláudia Rolli também falou sobre a importância da vitória: “Poder pesquisar, escrever, contribuir e ainda ter o trabalho reconhecido é um privilégio em tempos tão difíceis em relação ao respeito ao próximo e à liberdade de expressão e pensamento”.

Comissão julgadora

Em 17 de junho, foram designados os integrantes da comissão julgadora responsável pela avaliação das atividades e dos trabalhos inscritos no Prêmio. Compuseram a comissão a promotora de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás Tamara Andreia Botovchenco; o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia Edvaldo Gomes; a procuradora regional do Trabalho Ludmila Reis; e os jornalistas William Waack e Heraldo Pereira.

O projeto

O projeto Respeito e Diversidade foi pensado para estabelecer o desenvolvimento de um conjunto de ações interinstitucionais contributivas à construção de uma sociedade livre e democrática, firme no cumprimento do destacado papel do Ministério Público como instituição indutora e promotora da defesa da garantia dos direitos humanos e da concretização da cidadania para todos e voltado à disseminação de uma cultura social inclusiva, pautada no pluralismo e na compreensão das diferenças como expressão da singularidade do ser e da multiplicidade que marca o Brasil.

A premiação é uma das atividades do Projeto Respeito e Diversidade, fruto da cooperação entre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Ministério Público Federal (MPF), por intermédio da Procuradoria-Geral da República (PGR), e a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU).

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Foto: Sérgio Almeida (Secom/CNMP).