Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Cantora Maria Betânia compartilha experiências e emociona promotoras e procuradoras de Justiça, em Salvador - Conselho Nacional do Ministério Público
Ministério Público
Publicado em 30/3/19, às 10h28.

Cantora Maria Betânia compartilha experiências e emociona promotoras e procuradoras de Justiça, em Salvador“O que você acha que lhe permitiu ser ouvida ao longo da vida?”, perguntou a presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Raquel Dodge, à convidada especial da noite. “Nunca menti. Eu não minto. Sou movida pela verdade”, afirmou a cantora e compositora Maria Betânia num dos momentos mais emocionantes da 2ª Conferência Regional de Promotoras e Procuradora de Justiça da Região Nordeste, em Salvador, na Bahia. Ela participou, nesta sexta-feira, 29 de março, de uma roda de conversa com integrantes do Ministério Público, onde compartilhou histórias, experiências e percepções sobre a carreira e a família.

Atração surpresa do evento, Maria Betânia contou sobre o início da vida artística, aos dezessete anos, e relatou as dificuldades enfrentadas ainda menina, quando já sentia o peso da responsabilidade do sucesso no palco. “Sempre tive apoio e suporte da minha família.  Quando contei pro meu pai que recebi um convite pra ser cantora, para substituir a Nara Leão no Rio de Janeiro, ele me disse: Você pode ir. Se você for feliz, você é a responsável. Se não for, eu sou o culpado”, revelou, expressando carinho e gratidão.

Ao falar sobre a mãe, Dona Canô, a cantora arrancou aplausos da plateia. “Minha mãe foi uma guerreira, um exemplo a ser seguido. Mulher forte, líder comunitária talentosa, que fazia de tudo pelo seu povo”, contou, detalhando conquistas da mãe pela cidade de Santo Amaro, onde foi criada. As histórias inspiraram e encorajaram as promotoras e procuradoras que vieram à Bahia discutir a igualdade de gênero.

Sobre a relação com o irmão, Maria Betânia revelou carinhosamente: “Caetano me orientou muito. Até a andar foi ele que me ensinou”, brincou a caçula. “Meu irmão sempre diz que eu cheguei para ensinar à família o que era briga. Que antes de mim era tudo calmo”, compartilhou, revelando a personalidade forte desde pequena. 

Foto 9Entre sorrisos e trechos cantarolados, a artista falou sobre  a música como instrumento para divulgar a liberdade religiosa, combater a ditatura e promover a proteção do meio ambiente. O trabalho da cantora foi enaltecido pela presidente do CNMP, Raquel Doge. “Eu estou muito emocionada com a oportunidade de conhecê-la. Você é uma grande artista, uma mulher forte, que inspira muitas brasileiras pelo o seu  gesto corajoso de defender a liberdade, liberdade religiosa, liberdade de expressão, liberdade de opinião”, declarou.

Quando questionada por uma participante se ainda tem algo a cantar, na vida, para realizar transformações sociais, Maria Betânia revelou: “Eu tenho tanta coisa para dizer. Precisamos preservar o amor e os valores. Os valores estão sendo invertidos nos dias de hoje, precisamos preservá-los”, defendeu.

Também participaram da roda de conversa, no palco,  a secretária de Direitos Humanos e Defesa Coletiva do CNMP, Ivana Farina; a procuradora-Geral de Justiça da Bahia, Ediene Lousado; a encarregada de Negócios da Delegação da União Europeia no Brasil, Claudia Gintersdorfer, a promotora de Justiça do MP/BA Lívia Sant’Ana Vaz; e a irmã de Maria Betânia, Mabel Veloso.

Conferência

A 2ª Conferência Regional das Promotoras e Procuradoras de Justiça da Região Nordeste, que vai até este sábado, 30 de março, é promovida pela Presidência do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Defesa Coletiva e da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais (CDDF/CNMP), em parceria com a Delegação da União Europeia no Brasil e com as Procuradorias-Gerais de Justiça dos Estados da região Nordeste (Bahia, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Alagoas).

O objetivo do trabalho é colher manifestações das promotoras e procuradoras de Justiça sobre o fluxo e os obstáculos para ingresso, lotação, permanência, capacitação e movimentação na carreira, refletindo sobre problemas, soluções e boas práticas. Ao todo, 90 integrantes do MP participam das atividades.

Esta é o segundo de cinco eventos regionais que ocorrerão no primeiro semestre de 2019, com o objetivo de proporcionar uma visão mais clara da realidade das procuradoras e promotoras nas suas respectivas regiões. O primeiro foi realizado em Manaus - AM, nos dias 21 e 22 de fevereiro.

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