O conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) Antônio Duarte e presidente do Comitê Gestor do Plano Nacional de Gestão Documental e Memória Institucional (Coplaname) proferiu a palestra de abertura do VIII Encontro Nacional dos Memoriais do MP, realizado no Ministério Público de São Paulo (MP/SP), nos dias 27 e 28 de julho.
Na oportunidade, o conselheiro enfatizou os avanços alcançados pelo CNMP no trato da matéria, especialmente com a aprovação das Resoluções 138/2016 e 158/2017. Para Duarte, com o advento das duas normas, o CNMP contribui, imensamente, para balizar as medidas tendentes a fomentar as atividades de preservação, promoção e difusão da memória do Ministério Público brasileiro, bem como garantir a pesquisa, a eficiente gestão documental e a divulgação da história da Instituição. “Tais diretrizes fortalecem a Instituição e ampliam sua credibilidade perante a sociedade, porque permitem o conhecimento das funções, valores e princípios defendidos pelo MP”, ressaltou Duarte.
Dentre os assuntos abordados no encontro, devem ser destacados: centros de documentação e memória: espaços de preservação e salvaguarda de patrimônio documental e identidade institucional; planejamento de exposição e educação em museus aplicados aos memoriais; museologia e planejamento museológico; memorial virtual e divulgação dos memoriais dentro e fora do Ministério Público; relatos da criação do memorial do MP/SP; relato de utilização do acervo do Memorial do MP/SP como fonte de pesquisa e acessibilidade em museus e centros de memória.
Após as palestras e visitas ao Memorial do MP/SP, ao Palácio da Justiça e ao Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), procedeu-se aos debates que resultaram na elaboração da Carta de São de Paulo, contendo as conclusões dos participantes do conclave, que aprovaram a realização do IX Encontro Nacional pelo Ministério Público de Pernambuco (MP/PE) e do X Encontro Nacional, pelo Ministério Público do Amapá (MP/AM).
O evento contou com a participação da pós-doutora em História Social, Eliana Almeida de Souza, assessora técnica para implantação de Política de Gestão Documental do Museu de Arte de São Paulo (MASP-SP) e diretora executiva da ER Consultoria de Informação e Memória Institucional; do biólogo e museólogo Pedro Antonio Federsoni, do Museu do Instituto Adolfo Lutz; da bióloga e educadora Silvana Campos, do museu do Instituto Adolfo Lutz; da museóloga Maria Cristina Oliveira, professora titular da pós-graduação em Museologia/USP e diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia/USP; da mestre em História Social/USP Silvana Goulart, coautora do livro “Centros de memória: uma proposta de definição” e diretora da Grifo Projetos Institucionais, Culturais, Acervos e Centros de Memória; do promotor de Justiça do I Tribunal de Júri de São Paulo, Alexandre Rocha Almeida, ex-coordenador do Memorial do MP/SP; do procurador de Justiça aposentado e ex-corregedor-geral do MP/SP, Arthur Cogan; da pós-doutora em Museologia/USP Viviane Panelli Sarraf, diretora do “Museus acessíveis”, com experiência em acessibilidade para pessoas com deficiência e públicos não usuais.
Também houve troca de experiências entre servidores, com a participação de Bruno Bettine de Almeida, supervisor de serviço de gerenciamento de acervo histórico do Museu do TJ/SP; Cláudia Bueno, chefe de seção judiciário da Diretoria de Relações institucionais do TJ/SP; Karina Santos de Oliveira, gestora do Memorial MP/SP; e Renata Watanabe, bibliotecária do setor de Gestão Documental do MP/SP.
*Com informações e fotos do MP/SP