Comunicação organizacional não é só o que a organização diz; mas é, principalmente, como ela se comporta. Essa foi uma das mensagens centrais apresentadas pela professora Fabyola Simonassi na palestra “A Comunicação como Estratégia de Sustentabilidade Organizacional”, realizada na manhã desta quinta-feira, 3 de agosto, durante o 8º Congresso de Gestão do Ministério Público. O encontro promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) prossegue até o dia 4, no hotel Royal Tulip, em Brasília/DF, e tem como tema: “Ministério Público e sustentabilidade: o direito das presentes e futuras gerações”.
A professora defendeu que a sustentabilidade é o principal paradigma da gestão organizacional vanguardista: “A sustentabilidade vai resgatar o papel da gestão : assegurar a eficácia e a eficiência da organização”, disse. Ao abordar a sustentabilidade como estratégia de comunicação na gestão pública, Simonassi destacou que: “para as instituições serem sustentáveis, não basta comunicar, têm que mudar a cultura organizacional. Para mudar a cultura é necessário mudar os hábitos das pessoas”. Ela afirmou ainda que é a sociedade que reconhece quando a organização age de forma sustentável. Desse modo, as instituições devem se proteger do “oportunismo ecológico”.
Para a palestrante, atualmente, os stakeholders (públicos de interesse da organização) já esperam das instituições a adoção de comportamentos sustentáveis. A sustentabilidade, porém, começa principalmente de dentro pra fora, ou seja, no relacionamento da empresa com o público interno. Além disso, o comportamento sustentável não se restringe a ações pontuais. Fabyola Simonassi enfatizou também que o sistema de gestão ambiental evolui conforme a maturidade organizacional.
Durante o encontro, foram lembradas algumas das principais iniciativas nacionais e internacionais que se relacionam com os modelos ideias de gestão sustentável, como: o programa brasileiro A3P, do Ministério do Meio Ambiente; as Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU); o Fórum Econômico Mundial; o cálculo da Pegada Ecológica; o Balanço Social Anual do Ibase; os 40 indicadores sociais do Instituto ETHOS; e as certificações socioambientais ISO.
Fabyola Simonassi é pós-graduada em Gestão de Projetos, Planejamento Estratégico, Marketing e Business Intelligence. Iniciou um Master of Science em Gestão de Projetos Culturais, na Universidade de Lugano, na Suíça. Graduou-se em Administração pela Universidade de Brasília (UnB). Estudou também na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP).