Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Atuação de membros do Ministério Público como negociadores é tema de minicurso em congresso promovido pelo CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público
Congresso de Gestão
Publicado em 3/8/17, às 15h20.

minicurso sobre negociação no MPDurante a tarde desta quinta-feira, 3 de agosto, o promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais Luciano Badini ministrou um minicurso intitulado “Negociação para Membros do Ministério Público: Abordagem Prática”, no Hotel Royal Tulip, em Brasília-DF. A atividade fez parte da programação do 8º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público, promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Como já denuncia o nome do minicurso, o objetivo de Luciano Badini foi passar aos presentes dicas práticas sobre o ato de negociar. Isso porque, como está explícito na Resolução CNMP 188/2014, a negociação é recomendada para as controvérsias ou conflitos em que o Ministério Público possa atuar como parte na defesa de direitos e interesses da sociedade, em razão de sua condição de representante adequado e legítimo do coletivo universal.

As cinco dicas

A primeira dica apresentada foi: criar o “rapport” (conceito originário da Psicologia que remete à técnica de gerar uma ligação de empatia com outra pessoa) e, se possível, separar as pessoas dos problemas. “As promotorias costumam ter um ambiente hostil, como um hospital. Assim, é importante que os promotores tenham com as partes da negociação, no mínimo, uma conversa banal e despretensiosa sobre um assunto qualquer, como clima, futebol, trânsito… É importante, logo no início, criar uma empatia”, falou.

A segunda dica foi a identificação dos interesses dos que estão envolvidos na negociação. “Esta dica vale ouro”, falou o promotor de Justiça. Para reforçar a importância desta segunda orientação, Badini citou o negociador de conflitos William Ury: “Na base do interesse, discutindo o que cada um precisa, você resolve o quanto possível”.

Fazer uso da comunicação conciliatória foi a terceira dica. “Utilizar a linguagem de forma inadequada é algo catastrófico se o objetivo é construir relações que devem ser duradouras. A linguagem adequada é fundamental e demanda treinamento”, falou Badini. Para alcançar a comunicação conciliatória, é importante, por exemplo, usar um tom sereno e seguro, além de evitar palavras que qualifiquem ou julguem.

A quarta dica foi a geração de opções criativas e, por fim, Badini disse que era preciso que os presentes praticassem a escuta ativa. “Nós, operadores do Direito, temos dificuldade em ouvir, falamos muito. Os negociadores de sucesso que conheço têm o dom de ouvir. Mais ouvem do que falam”, afirmou. O promotor também apresentou alguns postulados da escuta ativa: ouvir sem julgar e com atenção; não demonstrar irritação; e estabelecer contato visual.

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Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP).

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