Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Declaração Universal dos Direitos Humanos: CNMP lança “A música que todos deveriam saber a letra” - Conselho Nacional do Ministério Público
Direitos humanos
Publicado em 10/12/18, às 15h31.

 

46259789021 d8dd241c9b zpaintpaint“A música que todos deveriam saber a letra”. Com esse título, o Conselho Nacional do Ministério Público lançou, em cerimônia nesta segunda-feira, 10 de dezembro, um videoclipe em celebração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A campanha é uma iniciativa da Presidência do CNMP, com apoio da União Europeia. O lançamento foi feito pela presidente do Conselho, Raquel Dodge, no Plenário do órgão, em Brasília.

Raquel Dodge explicou que o objetivo do videoclipe, cantado pela rapper Karol Conka e com participação especial da cantora Daniela Mercury, é contribuir para a difusão da Declaração e a memorização de seu texto, principalmente pelas novas gerações. “Os jovens precisam conhecer o conteúdo deste documento para que a história de desrespeito aos direitos humanos, como superioridade de raça e supremacia de uns sobre outros, não se repita. Devemos ser todos construtores de sociedades democráticas e de ambientes de justiça, fraternidade e solidariedade”, disse.

A presidente do CNMP também afirmou que a Declaração talvez seja o documento mais importante do Século XX, pois, a partir de seu texto, surgiram os principais tratados firmados entre as nações e muitos modelos de Constituição, inclusive a brasileira, de 1988. “Por isso, o CNMP marca esta data tão importante. A Declaração resume a essência do mundo moderno: respeito à dignidade humana e às diferenças culturais, e estímulo à convivência pacífica entre os povos”.

A secretária de Diretos Humanos e Defesa Coletiva do CNMP, Ivana Farina, contou que a ideia de lançar o videoclipe veio da percepção de que, 70 anos após a edição da Declaração, o Brasil ainda não conseguiu fazer com que o texto atinja pessoas como analfabetos e marginalizados. “Só mesmo a música para prender a atenção e emocionar. Essa causa abraçada pelo Conselho é da sociedade brasileira. Falo, também, em nome dos muitos voluntários que participaram da gravação abrindo mão do cachê”.

Por sua vez, a encarregada de negócios da União Europeia no Brasil, Cláudia Gintersdorfer, falou que, mesmo depois de tantos anos do lançamento da Declaração, ainda se trabalha para implementar cada uma de suas palavras e destacou a música como a melhor forma de divulgação ampla do texto. “Não podemos considerar que os direitos humanos já são algo garantido. É um trabalho em que cada geração tem responsabilidade específica. Assim, traduzir os artigos da Declaração de uma forma interessante para os jovens é muito importante”.

Além do videoclipe e da música, a campanha conta com outras peças de comunicação para mídia impressa e digital. O material completo pode ser acessado na página www.cnmp.mp.br/amusica.

Videoclipe

Com conceito minimalista, o videoclipe traz situações retratadas por diversos personagens que revelam violações de direitos e problemas mundiais, e traduzem os direitos humanos a serem afirmados pela sociedade. O refrão da música enfatiza que os direitos são devidos a todas e todos que assistem ao clipe: “São seus direitos, são seus direitos!”, destaca a letra.

Além da rapper Karol Conka e da cantora Daniela Mercury e sua esposa, Malu Mercury, a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson, participou do videoclipe. Nenhuma delas cobrou cachê. A maioria dos atores e das atrizes presentes no clipe também foram voluntários.

A agência de publicidade Fields Comunicação e a produtora Vapt Filmes apoiaram o projeto e não cobraram honorários de produção.

Conselheiros

A sessão solene contou com a participação dos conselheiros do CNMP Gustavo Rocha, Valter Shuenquener, Luciano Maia, Sebastião Caixeta, Silvio Amorim, Lauro Machado e Leonardo Accioly, além da secretária-geral do Conselho, Adriana Zawada. Na tribuna, estiveram embaixadores de países europeus, membros do Ministério Público e representantes da ONU.

Gustavo Rocha, que também é o ministro dos Direitos Humanos, falou que, com o poder da música, a Declaração vai chegar a pessoas que normalmente não são atingidas pela liturgia jurídica. “Essa iniciativa deve ser louvada. Certamente, como dizem os jovens, o videoclipe vai bombar nas redes sociais e os 30 artigos do documento ficarão mais conhecidos”. Já Valter Shuenquener destacou que os direitos humanos são o centro gravitacional da Constituição Federal de 1988 e devem sempre ser respeitados. “Essa é a única forma de garantir o direito de pertencer a uma comunidade política”.

Luciano Maia abordou o contexto histórico que originou a Declaração. “Após inúmeras perseguições e atrocidades da Segunda Guerra Mundial, a ONU aprovou o texto. Por isso, 10 de dezembro de 1948 é um marco para a humanidade. Fica marcada na História também a sessão solene de hoje do CNMP, que está de parabéns pela brilhante iniciativa”. Por sua vez, Sebastião Caixeta afirmou que, mesmo após 70 anos, o documento ainda é muito atual e necessário. “A Declaração preza pelo respeito, desenvolvimento coletivo, dignidade e igualdade, logo está indissociavelmente vinculada à atividade do Ministério Público”.

Silvio Amorim destacou como o CNMP, a partir do lançamento do vídeo, “deixa a mensagem de que todos nós podemos ser iguais e caminhar como homens e mulheres de direitos, com a garantia de que uns não serão vistos como superiores a outros”. Lauro Machado falou que a Declaração é um ideário de uma sociedade justa, digna e solidária, com respeito à diversidade e a todos que habitam o planeta. Por fim, Leonardo Accioly disse que direitos humanos são uma temática muito sensível a ele como advogado e considerou fundamental a discussão trazida pelo videoclipe por conta da polarização de pensamentos vista hoje no Brasil.

Veja aqui mais fotos do evento.

Foto: Sergio Almeida (Ascom/CNMP).

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