Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Novo episódio do videocast Vozes aborda o acolhimento das vítimas de tráfico de pessoas para o trabalho escravo - Conselho Nacional do Ministério Público
Defesa das Vítimas
Publicado em 25/1/24, às 14h44.

Campanha Videocast Vozes Exploradas Banner 800x533Em homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado em 28 de janeiro, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Ministério Público Federal (MPF) e a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) lançam, nesta quinta-feira (25), mais um capítulo do videocast Vozes. O quarto episódio, chamado Vozes Exploradas, tem como foco as vítimas do tráfico de pessoas para o trabalho escravo. 

Neste videocast, a procuradora do Trabalho Tatiana Simonetti e o procurador da República Pedro Henrique Kenne explicam como é a atuação de cada órgão para garantir o acolhimento adequado e a devida reparação às vítimas desse crime. O programa já está disponível no canal do MPF no YouTube e nas principais plataformas de podcast.

No início do quarto episódio da série, a agricultora Camila Ribeiro conta como foi traficada para trabalhar em uma plantação de cana por um “gato” (agenciador), que fugiu quando a fiscalização da Polícia Federal chegou ao local. “Ele me prometeu que eu ficaria com a minha família em um quarto. Quando cheguei na fazenda, eu fiquei em um quarto com mais quatro casais. Eram 16 pessoas: dez adultos e seis crianças”, conta a vítima.

Com base nesse relato, os convidados do videocast analisam o contexto do combate ao tráfico de pessoas. Pedro Henrique Kenne ressaltou que “o crime de trabalho escravo só foi parar no Código Penal em 2016”, a repressão a esse crime é recente e ainda com baixa porcentagem de condenações efetivadas. Já Tatiana Simonetti abordou a importância da escuta e do foco no acolhimento da vítima. Segundo ela, a atuação do Ministério Público do Trabalho busca garantir que os direitos trabalhistas que as vítimas não receberam sejam concedidos, como forma de reparação.

Os procuradores destacaram ainda a importância da denúncia para que essas vozes sejam ouvidas e as vítimas recebam a devida reparação e o acolhimento necessário. Para isso, informaram os canais tanto do MPF (Sala de Atendimento ao Cidadão) quanto do MPT (Sistema Pardal), além do Disque 100, do Governo Federal. Também orientaram que, independentemente do canal utilizado, a vítima deve relatar todos os detalhes para que o caso seja devidamente investigado.

 

Direitos da vítima – O videocast Vozes é uma iniciativa do MPF em parceria com o CNMP e a ESMPU, dentro da campanha Direitos da Vítima. Ao todo, são cinco episódios divulgados quinzenalmente, sempre com a presença de uma dupla de especialistas que, com base em casos reais, exploram a atuação fundamental do Ministério Público e de outras instituições na promoção e garantia dos direitos das vítimas.

O primeiro episódio da série – Vozes de Terreiro – mergulhou na discussão sobre intolerância religiosa. O segundo, chamado Vozes Deslocadas, traça um panorama sobre refúgio e migração, mostrando a importância do acolhimento e dos direitos humanos quando indivíduos são forçados a deixar seus lares. E o terceiro – Vozes da Infância – abordou o fenômeno complexo e multifacetado da violência contra crianças e adolescentes, sobretudo com o avanço das novas tecnologias e da conectividade.

Os quatro episódios estão disponíveis no canal do MPF no YouTube, no Spotify e no Deezer.

Com foto e informações da Secom/PGR

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