Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Comissão de Defesa da Democracia do CNMP apresenta proposta sobre a atuação do MP para o enfrentamento de práticas que afetem a liberdade de voto - Conselho Nacional do Ministério Público
Sessão
Publicado em 12/3/24, às 11h56.

Conselheiro Antônio EdílioO presidente da Comissão Temporária de Defesa da Democracia (CTDD) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), conselheiro Antônio Edílio Magalhães (foto), apresentou proposta de recomendação que dispõe sobre a integração da atuação do Ministério Público brasileiro para o enfrentamento de práticas que afetem a liberdade de voto durante o período das eleições. A apresentação ocorreu nesta terça-feira, 12 de março, durante a 3ª Sessão Ordinária de 2024.

A proposta recomenda que os ramos e as unidades do Ministério Público da União e Ministério Público dos Estados promovam esforços entre si para atuação concertada e integrada a fim de implementar ações e medidas preventivas e repressivas de combate aos atos atentatórios à liberdade de voto do cidadão.

Entre as medidas de integração, além de outras que se fizerem necessárias, destacam-se a criação de rotinas para compartilhamento e troca de informações imediatas sobre fatos que chegarem ao conhecimento do membro, com intercâmbio de provas obtidas nos inquéritos civis e penais; articulação para realização de plantões estratégicos durante as eleições, envolvendo todos os ramos e unidades do MP; criação de grupos de atuação finalística para o combate às práticas de ilícitos eleitorais de toda natureza, inclusive penais, bem como de assédio eleitoral; e difusão de informações, inclusive de campanhas sobre a temática, com divulgação nos sites, redes sociais, e, por impresso, nas Promotorias, Procuradorias Regionais e Subprocuradorias, com maior ênfase no ano eleitoral.

O texto propõe, ainda, a realização de cursos conjuntos, pelos respectivos Ministérios Públicos para capacitação de membros e servidores que atuarão no período eleitoral e a divulgação de canal de denúncias das situações de ilícitos eleitorais de toda natureza, inclusive penais, bem como de assédio eleitoral, de cada ramo do MP, com preferência de envio para o Ministério Público Eleitoral.

Entre outras questões consideradas para a elaboração da proposta, o conselheiro Antônio Edílio cita “a necessidade de maior fiscalização e cuidado com a prevenção e repressão de atos praticados contra a liberdade de voto de grupos minoritários e vulneráveis, que levem em consideração questões de gênero, raça, etnia e liberdade religiosa como marcadores que demandam maior atenção”.

Além disso, a Constituição Federal resguarda a liberdade de consciência, de expressão e de orientação política, protegendo o livre exercício da cidadania, notadamente por meio do voto direto e secreto, que assegura a liberdade de escolha de candidatas ou candidatos, no processo eleitoral, por parte de todas as pessoas cidadãs.

Próximos passos

De acordo com o Regimento Interno do CNMP, a proposta será distribuída a um conselheiro, que será designado relator.

Foto: Sergio Almeida (Secom/CNMP).

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