Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Homologado acordo judicial para desocupação de bairros em Maceió - Conselho Nacional do Ministério Público
Atuação do MP
Publicado em 14/1/20, às 13h06.

 

bairropinheiro9Foi homologado, no dia 3 de janeiro, na Justiça Federal, o acordo entre a empresa Braskem e órgãos do sistema de Justiça para desocupação dos bairros de Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto, em Maceió/AL, e indenização das famílias que moram nessas localidades. Essas regiões são apontadas como as de maior risco de afundamento e desmoronamentos pelas Defesas Civis Nacional e Municipal e pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no Mapa de Setorização de Danos e de Linhas de Ações Prioritárias (Mapa de Risco), por conta da extração mineral do sal-gema pela Braskem. O acompanhamento desse caso é uma das pautas prioritárias do Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão, criado conjuntamente pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O acordo deverá beneficiar cerca de 17 mil pessoas, ocupantes de, aproximadamente, 4,5 mil casas, de acordo com informação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL). Esses moradores serão incluídos no Programa de Apoio à Realocação e Compensação Financeira, iniciado pela petroquímica, o qual contempla auxílios para aluguel, mudança e pagamento de danos materiais e morais. Preventivamente, as instituições pactuaram que a Braskem, entre outras obrigações, financiaria e forneceria os recursos materiais estabelecidos no termo para apoiar as ações de desocupação das áreas mais críticas.

Consta ainda, no termo, a obrigação da abertura, por parte da Braskem, de uma conta cujo valor mínimo inicialmente a ser depositado é de 1,7 bilhão de reais para cobertura das despesas. Caso esse valor não seja suficiente para arcar com todas as obrigações assumidas, a empresa deverá fazer aportes financeiros que garantam, no mínimo, um saldo de 100 milhões de reais até que todos os atingidos das áreas delimitadas no acordo sejam contemplados.

Clique aqui para ver o acordo.

Reunião sobre o tema

No dia 11 de dezembro, no CNJ, em Brasília/DF, foi realizada reunião conjunta com todas as instituições envolvidas para traçar estratégias visando a fixar cronograma para a desocupação das áreas consideradas de maior risco: a Zona de Resguardo e a Zona da Encosta do Mutange.

O presidente do CNMP e procurador-geral da República, Augusto Aras, viabilizou a participação de Raquel Teixeira e Roberta Bomfim, procuradoras da República que atuam em Alagoas. “Nessa reunião, tratamos de hipóteses e opções para a desocupação das áreas atingidas, uma vez que a empresa havia reconhecido que, pelo fato de várias minas estarem instáveis, os bairros teriam que ser desocupados por existir risco de abrir uma cratera”, explicou Teixeira.

Raquel Teixeira e Roberta Bomfim já haviam participado de outras duas reuniões do Observatório Nacional em 2019, com o objetivo de apresentar o trabalho do Ministério Público Federal (MPF) na condução do caso de Pinheiro e bairros adjacentes.

Representantes do Ministério Público no acordo

Assinaram o acordo, representando o Ministério Público, o procurador-geral de Justiça alagoano, Alfredo Mendonça; as procuradoras da República Roberta Bomfim, Raquel Teixeira, Niedja Rocha e Cinara Bueno; além dos promotores de Justiça do MP/AL José Marques, Max de Oliveira, Jorge Dória, Jomar de Moraes e Vicente Cavalcante.

Fotos: Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Secretaria de Comunicação Social
Conselho Nacional do Ministério Público
Fone: (61) 3315-9424
jornalismo@cnmp.mp.br 
Twitter: cnmp_oficial
Facebook: cnmpoficial
Instagram: cnmpoficial
YouTube: conselhodomp