Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Programa Diálogos Interinstitucionais em Saúde debate os resultados da pesquisa do projeto “Bem Viver: Saúde Mental no Ministério Público” - Conselho Nacional do Ministério Público
Comissão da Saúde
Publicado em 20/10/21, às 18h44.

dialogosA fim de dialogar sobre o tema "Projeto Bem-Viver: saúde mental em evidência no Ministério Público", nesta quarta-feira, 20 de outubro, a presidente da Comissão de Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), conselheira Sandra Krieger, recebeu os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAURGS): Jaqueline Tittoni, Janine Kieling Monteiro, Silvia Generali da Costa e Renato Colomby.

A equipe de pesquisadores, responsável por elaborar o questionário sobre saúde mental de membros e servidores do Ministério Público – um desdobramento do projeto “Bem Viver: Saúde Mental no Ministério Público” – dialogou com a conselheira durante o programa Diálogos Interinstitucionais em Saúde. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal do CNMP no YouTube. 

O encontro teve ainda a presença dos membros auxiliares da CES, Rafael Meira Luz, Jairo Bisol e Marcelo de Oliveira.  

Sandra Krieger destacou em discurso de abertura que “a atenção à saúde mental é fundamental para se promover a felicidade e o bem-estar das pessoas e, de igual modo, é estratégica para se garantir o bom funcionamento das instituições públicas e privadas”. Segundo ela, no âmbito do Ministério Público, portanto, “é indispensável pôr em marcha ações sistemáticas e duradouras definidas por políticas organizacionais voltadas a esse fim”.  

Ao contextualizar o projeto “Bem Viver: Saúde Mental no Ministério Público”, Krieger lembrou que o CNMP, por intermédio da CES, estabeleceu como eixo fundamental para o biênio 2020-2021 a promoção da saúde mental dos integrantes do Ministério Público brasileiro: “Esta Comissão fixou no plano diretor do Ministério Público a missão de fomentar uma política institucional continuada de atenção à saúde mental”. 

A conselheira destacou ainda: “a pesquisa é baseada em escalas científicas consagradas pela psicologia e constitui, talvez, o diagnóstico mais amplo e preciso que já foi realizado em termos de saúde mental na nossa Instituição, apontando os desafios e os caminhos para se construir uma política sólida e continuada de sua proteção”.  

A conselheira aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio do procurador-geral da República e presidente do CNMP, Augusto Aras, pela “visão humanista de gestão e apoio aos trabalhos da CES”, bem como aos membros e servidores pela colaboração nos trabalhos da Comissão.    

A professora Jaqueline Tittoni, Doutora em Sociologia e coordenadora da pesquisa, salientou que se tratou de “um trabalho realmente realizado de uma forma coletiva”.  A especialista explicou que a pesquisa foi realizada no ano de 2021, durante a pandemia de Covid-19, em um momento em que o Brasil registava em torno de 1000 mortes diárias pelo novo coronavírus: “essa pandemia atingiu os nossos modos de viver de forma muito intensa e a saúde mental também foi profundamente atingida. A questão da saúde mental permanecerá mesmo no pós-pandemia, por esses motivos, pesquisar sobre saúde mental e trabalho mostrou-se ainda mais importante”.  

Jaqueline Tittoni ainda esclareceu: “nós fizemos essa pesquisa pensando no trabalho como elemento fundamental da vida em sociedade. Tomamos a promoção da saúde e a busca da melhoria das condições de trabalho como nosso referente. Destacamos que não só o diagnóstico das doenças ou dos adoecimentos é fundamental, mas também a busca da melhoria das condições de trabalho”.  

Resultados  

A pesquisa, de âmbito nacional, alcançou o número de 4.077 respondentes, suficiente para a validação estatística dos resultados. Entre os participantes, 82,3% são servidores, 12,7% são membros e aproximadamente 4% são servidores comissionados e estagiários. 

A maioria das respostas, 86,5%, foram prestadas por integrantes do Ministério Público Estadual, 5% do MPT, 2,7% do MPDFT, 1,7% do CNMP, 2,7% do MPF e 0,8% do MPM. Traduzindo esses dados por região, verificou-se proporção que garantiu a representatividade estatística da pesquisa: Sudeste – 29,1%, Centro-Oeste – 21,8%, Nordeste – 21,3%, Sul – 18,7% e Norte – 9,1%. 

Na apresentação, destacou-se a participação feminina no estudo, uma vez que quase 60% dos respondentes eram mulheres. Os dados mostram que 85,6% dos participantes encontravam-se em risco aumentado para o desenvolvimento de adoecimento mental. 

A pesquisa revelou que 73% dos participantes apresentaram humor depressivo ansioso, 52% assinalaram pensamentos depressivos, 56% indicaram possuir sintomas somáticos e 48% apontaram um decréscimo de energia vital”, alertou, ao exibir os números. 

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Veja aqui a íntegra do Programa. 

Foto: Sérgio Almeida (Secom/CNMP)

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