Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Ação humanitária na Amazônia impulsionada pelo Ministério Público completa quatro anos - Conselho Nacional do Ministério Público
CNMP
Publicado em 21/8/23, às 10h30.

Barco Hospital Papa Francisco 3

Na quinta-feira, 17 de agosto, o Barco Hospital Papa Francisco, construído a partir da destinação de verbas trabalhistas feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), completou quatro anos de operação, chegando ao total de 374.256 atendimentos às populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas de 17 municípios da calha norte do Rio Amazonas, que carecem de acesso aos serviços de saúde pública. O projeto tem apoio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Além da atenção especializada de baixa e média complexidade de saúde à população local, as equipes médicas que atuam na embarcação, administrada pela Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, fazem a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer, com a realização de exames e triagem; mais de quatro mil cirurgias foram realizadas a bordo do Barco Hospital Papa Francisco, além de milhares de atendimentos nas áreas de oftalmologia, odontologia, exames clínicos, de imagem e laboratoriais.

Segundo o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, o apoio do chefe do Ministério Público da União, Augusto Aras, às iniciativas institucionais do MPT tem sido fundamental para o fortalecimento institucional. “O apoio do procurador-geral da República às destinações sociais realizadas pelo MPT ao longo dos anos, incluindo aquelas que viabilizaram a construção do Barco Hospital Papa Francisco, e de outras duas embarcações que dão apoio ao atendimento das populações carentes da região amazônica, foi de suma importância para garantir a dignidade e saúde de milhares de famílias”, afirma.

Estrutura completa

De acordo com os engenheiros da Marinha responsáveis pela construção do Barco Hospital Papa Francisco, não existe no Brasil uma embarcação com uma estrutura hospitalar tão completa, incluindo sala de cirurgia, salas de exames de diagnóstico totalmente equipadas e diversos consultórios; ele já é considerado, inclusive, um dos maiores hospitais civis marítimos do mundo.

Além do Barco Hospital Papa Francisco, a atuação ministerial possibilitou, também, a destinação de verbas de ações trabalhistas para a construção de outros dois barcos, com a finalidade de ampliar os serviços de saúde às comunidades amazônicas: o Barco Hospital São João Paulo II, especializado em consultas e atendimento ambulatorial, e o Barco Hospital São João XXIII, que trará uma estrutura mais completa, com a possibilidade da realização de cirurgias de baixa e média complexidade, além de exames diagnósticos de imagem, farmácia, leitos de enfermaria, entre outros. Este segundo barco encontra-se em construção em um estaleiro, com inauguração prevista para este ano, em Manaus.

Inicialmente, os barcos foram custeados com recursos provenientes da atuação do MPT: parte do montante é proveniente do acordo judicial do caso Shell/Basf, celebrado no Tribunal Superior do Trabalho (TST), e outra parte advém de recursos de ações judiciais do MPT no Pará. Atualmente, os navios se mantêm por meio de um convênio com a Secretaria Estadual de Saúde do Pará e de doações de diversas empresas, que custeiam desde o combustível até insumos, como alimentos e medicamentos.

Desde sua inauguração, o Barco Hospital Papa Francisco opera principalmente no Pará e tem como meta a realização de um total de 420 mil atendimentos até dezembro de 2023. A embarcação conta com tripulação, equipe de enfermagem permanente, médicos, cirurgiões, dentistas e oftalmologistas, bem como voluntários oriundos do estado de São Paulo. Desde 2019, já foram enviados para expedições mais de 700 médicos e cerca de 200 dentistas.

Durante a pandemia, o Barco Hospital Papa Francisco manteve suas operações e ainda distribuiu cestas básicas e refeições à comunidade, graças a recursos enviados direto do Vaticano. Em quatro anos foram servidas, a bordo da embarcação, mais de 75 mil refeições às comunidades carentes.

“O Ministério Público no Brasil, em seu compromisso com as populações carentes, emerge como agente de transformação na Amazônia, possibilitando serviços de saúde vitais por meio dessas embarcações. A colaboração entre o MPT e demais parceiros institucionais, reforçada pela liderança na gestão de Augusto Aras, deixa um legado duradouro de apoio humanitário e assistência médica nas áreas mais remotas do Brasil”, finaliza José de Lima Ramos Pereira.

Com foto e texto adaptado de divulgação/expedição Barco Hospital Papa Francisco.

 

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