Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Aprimoramento da atuação do Ministério Público nos casos de recuperação judicial e falência de empresas é debatido em MT - Conselho Nacional do Ministério Público
Capacitação
Publicado em 28/11/23, às 09h09.

tn CiclodeDebate CNMP 9Na tarde da sexta-feira, 24 de novembro, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) sediou o 4º Ciclo de Debates de Direito da Insolvência, realizado com o objetivo de aprimorar a atuação do Ministério Público nos casos de recuperação judicial e falência de empresas. O evento ocorreu na modalidade híbrida, sendo presencial no auditório da sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá, com transmissão ao vivo pelo canal do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) no YouTube.

A iniciativa é da Unidade Nacional de Capacitação do Ministério Público (UNCMP), vinculada ao CNMP, em parceria com o MPMT por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) - Escola Institucional do MPMT, com apoio da Revista Justiça & Cidadania e do Colégio de Diretores de Escolas e Centros de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional dos Ministérios Públicos do Brasil (CDEMP).   
O presidente da UNCMP, conselheiro Daniel Carnio, parabenizou o MPMT por sediar a quarta etapa do ciclo, evento que se insere no contexto de aprimoramento do ambiente institucional da aplicação da Lei nº 11.101/2005, que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Lembrou que a normativa foi reformada em 2020 buscando maior eficiência no tratamento da matéria. “A manutenção da atividade da empresa saudável gera emprego, renda, tributos, circulação de produtos e serviços e tudo isso é muito importante para a nossa vida e, por isso o legislador resolveu aprimorar o nosso marco legal”, declarou. 
E consignou que o sistema só vai funcionar plenamente se, além da legislação adequada, houver um ambiente institucional propício para sua correta aplicação. “De nada adianta termos uma lei boa se não conseguirmos transformá-la em realidade e, para isso, nós precisamos transformar o ambiente institucional”, disse. Segundo o conselheiro, esse movimento começou em 2018 no Judiciário e chegou há quase dois anos ao Ministério Público, com a criação de um Grupo de Trabalho (GT) no âmbito da UNCMP para aprimorar a atuação da instituição nos casos de recuperação judicial e falência de empresas. 
O GT promoveu diversas atividades, inclusive a aprovação da Recomendação nº 102/2023, em agosto deste ano, que dispõe sobre esse aprimoramento da atuação. “Essa recomendação traz indicações de melhores práticas de atuação do Ministério Público em processos de insolvência, orientando a atuação dos membros do Ministério Público. A ideia não é interferir na atividade-fim e na atuação do promotor, e sim atuar como um órgão indutor de políticas públicas importantes, ajudando os seus membros para que o nosso sistema se torne eficiente. É isso que nós queremos”, enfatizou. 
O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz Junior, ponderou que a falência de uma empresa gera inúmeros efeitos de ordem econômica e social, como a desestabilização do sistema de crédito, comprometimento do equilíbrio financeiro dos credores, desemprego e, a depender da proporção, pode atingir diretamente a própria economia do país. 
“O Ministério Público, enquanto defensor da ordem jurídica e dos interesses sociais, desempenha um papel central na busca pelo equilíbrio entre os direitos dos credores, a preservação da empresa em dificuldade e a promoção do interesse público. É um agente político que deve atuar como catalisador na busca por soluções que não apenas reabilitem a empresa, mas que também preservem a comunidade ao seu redor. A atuação de nossa instituição, então, é dotada de peculiar transversalidade, tanto na figura de fiscal da ordem jurídica, como na apuração de crimes falimentares e conexos, conferindo essencialidade ao MP nos processos de recuperação judicial”, argumentou Deosdete Cruz. 
Palestras 
Nesta edição, o debate se concentrou nos temas "Atuação do Ministério Público na recuperação judicial" e "Relações institucionais entre o administrador judicial, Ministério Público e advogados de credores e devedores no processo de insolvência empresarial".  
O primeiro foi abordado pelo presidente da UNCMP, conselheiro Daniel Carnio, tendo o promotor de Justiça titular da 20ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá, Marcelo Caetano Vacchiano, como presidente de mesa, e a juíza de Direito titular da Vara Regional e Especializada em Falência e Recuperação Judicial de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, como mediadora. 
O segundo tema teve como palestrante o advogado e integrante do Grupo de Trabalho do CNMP sobre Direito da Insolvência Bruno Oliveira, como presidente de mesa o promotor de Justiça titular da 3ª Promotoria de Justiça Cível de Rondonópolis, Rodrigo Fonseca, e como mediadora a advogada e administradora judicial Aline Barini. 
Além do procurador-geral de Justiça do MPMT e do presidente da UNCMP, o dispositivo de honra do 4º Ciclo de Debates foi composto pelo promotor de Justiça auxiliar da Corregedoria-Geral do MPMT, Wesley Sanchez, pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, pelo presidente do Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), advogado Breno Miranda, pelo secretário da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Mato Grosso (OAB-MT), Fernando Figueiredo, pelo coordenador-geral dos Centros de Apoio Operacional (Caop) do MPMT, promotor de Justiça Caio Márcio Loureiro, pelo secretário-geral do MPMT, promotor de Justiça Adriano Augusto Streicher, e pelo diretor presidente da Escola Superior da Advocacia da OAB-MT, Giovane Santin. 
Participaram presencialmente do evento membros do MPMT, integrantes do Poder Judiciário, advogados, entre outros profissionais do Sistema de Justiça. 
Outras edições 
O primeiro evento do ciclo foi realizado no Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), oportunidade em que foi lançada a Recomendação CNMP nº 102/2023, reconhecendo a importância e a fundamental função do Ministério Público brasileiro no campo do Direito da Insolvência.  Já o segundo ocorreu no Ministério Público de São Paulo (MPSP) e abordou a “Recomendação CNMP n° 102 e a Atuação do Ministério Público no rastreamento de ativos nos processos de insolvência”.   

O terceiro, realizado no Ministério Público do Trabalho, abordou “O Ministério Público do Trabalho e o processo de insolvência empresarial: cooperação interinstitucional, combate a fraudes e habilitação e acompanhamento de créditos”. E, para dezembro, está previsto o 5º encontro, a ser realizado no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS). 

Com foto e informações da comunicação do MPMT 

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