A Comissão da Infância, Juventude e Educação (Cije) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) participou do evento “Gravidez e maternidade na adolescência: desigualdades, saúde e justiça reprodutiva”. A iniciativa foi promovida pelo Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (IERBB/MPRJ), na sexta-feira, 23 de fevereiro, na modalidade híbrida.
Na ocasião, a promotora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo e membra auxiliar da Cije, Mirella Monteiro (primeira à esquerda, na foto), ministrou palestra sobre a atuação intersetorial da rede de proteção em relação à gravidez precoce. Ela sugeriu estratégias preventivas, bem como medidas a serem adotadas durante e após a gravidez, enfatizando a importância de uma articulação especial nos casos de gestações resultantes de violência sexual.
Idealizado pelas promotoras de Justiça Luciana Grumbach e Viviane Alves, ambas do MPRJ, que também atuaram como mediadoras, o evento contou, ainda, com palestras da professora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em Epidemiologia pelo Instituto de Medicina da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Dandara Ramos, e da ginecologista e professora da Universidade Federal de Uberlândia, Helena Paro.
A abertura do encontro foi feita pelo diretor do IERBB/MPRJ, promotor de Justiça Leandro Navega, junto à promotora Viviane Alves, que apresentou as palestrantes e contextualizou a realização do evento a partir da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, anualmente dedicada à disseminação de informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência desses casos.
A primeira palestrante, Dandara Ramos, expôs um panorama da desigualdade existente no tratamento, entre meninos e meninas, quando da conscientização e dos impactos causados pela gestação precoce. A doutora destacou ainda números, em gráficos, pontuando comparações, em nível nacional e mundial, no que diz respeito a questões como ao âmbito de riscos à saúde gestacional.
Em seguida, a ginecologista Helena Paro acrescentou a importância da prévia educação sexual, além da necessidade presente na quebra de tabus que giram em relação ao tema, salientando também a necessária conscientização dos direitos previstos à gestante.
Ao fim do encontro, as palestrantes atenderam a questionamentos dos cerca de cem espectadores, divididos entre as modalidades presencial e on-line, tirando dúvidas e acrescentando dados e informações.
Com foto e informações do MPRJ