Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Comunicação Social - Conselho Nacional do Ministério Público
Publicado em 4/12/12, às 17h30.

 

MP como fonte da imprensa é tema de palestra

jornalista_solano_nascimento

Desde 2002, o Ministério Público é fonte de boa parte das matérias sobre investigações veiculadas nas três principais revistas do Brasil (Istoé, Veja e Época) em anos de eleição presidencial. Nos anos de 2002 e de 2010, mais de 50% das reportagens tiveram o MP como origem. O número foi apresentado pelo jornalista Solano Nascimento na palestra “Ministério Público e o papel de ‘superfonte’ jornalística”, ministrada aos profissionais da área de comunicação social participantes do 3° Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público. Promovido pelo CNMP, o evento reúne em Brasília mais de 400 membros e servidores das áreas de gestão, comunicação, tecnologia da informação e segurança institucional das unidades do MP em todo o Brasil.

Nascimento apresentou os resultados de sua pesquisa, que identificou que, a partir de 2002, há um crescimento do número de reportagens sobre investigações (aquelas que se originam da descoberta ou do vazamento de informação de uma investigação oficial em curso) e uma redução no número das reportagens investigativas (quando a investigação é feita pelo próprio repórter).

O jornalista analisou as matérias com denúncias inéditas produzidas pelas revistas Istoé, Veja e Época no primeiro semestre de anos eleitorais (1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010). Foram analisadas as reportagens feitas pelas sucursais das revistas em Brasília e publicadas na editoria Brasil/Nacional.

O estudo mostrou que, em 1989, primeiro ano analisado, as três revistas publicaram seis (75%) reportagens investigativas e duas (25%) reportagens sobre investigação. A quantidade e as proporções se mantêm constantes até 2002, quando há um grande aumento no número de matérias publicadas e uma inversão na proporção: das 38 reportagens veiculadas, 13 (34%)  são investigativas e 25 (66%) são sobre investigação. Em 2010, último ano analisado, foram 10 (29%) reportagens investigativas e 24 (71%) sobre investigação.

Segundo o estudo, a partir de 2002, o MP se torna a principal fonte das reportagens sobre investigação. Em 2002, 56% das matérias tiveram origem em investigações conduzidas pelo MP; em 2006, foram 17% das matérias; e em 2010, mais de 50%. Para Nascimento, esse número é resultado de uma série de fatores, entre eles a estruturação do MP e aprimoramento da capacidade da instituição para se relacionar com a imprensa, ao mesmo tempo em que houve enxugamento das redações.

A palestra foi mediada pelo conselheiro Fabiano Silveira, que lembrou que o Ministério Público tem o dever de prestar contas das suas atividades à sociedade, mas sem divulgar informações que, por iniciais ou ainda em apuração, possam representar juízo de valor antecipado ou prejudicar a honra e a vida privada dos investigados. O desafio é tanto para os membros do MP quanto para os profissionais de comunicação social da instituição.

Conselho Nacional do Ministério Público
Assessoria de Comunicação
(61) 3366-9124
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Twitter: cnmp_oficial
Facebook: cnmpoficial

Secretaria de Comunicação Social
Conselho Nacional do Ministério Público
Fone: (61) 3315-9424
jornalismo@cnmp.mp.br 
Twitter: cnmp_oficial
Facebook: cnmpoficial
Instagram: cnmpoficial
YouTube: conselhodomp