Ex-comandante de tropas da ONU compartilha experiências no último dia do Congresso de Gestão

O ex-comandante de tropas da ONU no Haiti e ex-comandante militar da Amazônia, General Heleno, comentou algumas de suas experiências na palestra “Gerenciamento de crises – alguns casos que vivi”, realizada na tarde desta quarta-feira, 5/12, no 3° Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público. Promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o evento reúne mais de 400 profissionais das áreas de gestão, comunicação social, tecnologia da informação e segurança institucional de todas as unidades do MP brasileiro para três dias de debates e palestras. O objetivo é estimular a troca de experiências e fomentar boas práticas de gestão no Ministério Público.

Heleno ressaltou o papel fundamental da comunicação e da inteligência na administração de crises e situações adversas. Segundo o palestrante, toda instituição necessita de um gabinete permanente e ativo, capaz de prever o surgimento de crises e agir de imediato. “A prevenção da crise é a melhor saída. Em um conflito armado, por exemplo, depois que o primeiro camarada atira, é muito difícil segurar os outros. Por isso, o melhor é estar pronto para ninguém atirar”, comentou o general.

A avaliação dos riscos e o respaldo ético e moral dos indivíduos envolvidos em uma crise também foram tópicos da palestra. “Não há receita pronta. O mais importante é estudar a situação”, afirmou. O general comentou as experiências que viveu durante o comando das operações da ONU no Haiti, onde solucionou de forma pacífica uma rebelião de supostos ex-militares haitianos, e na Amazônia, em que comandou, com sucesso, o resgate de reféns das FARC em solo colombiano.

A conselheira do CNMP Taís Ferraz, moderadora da palestra, encerrou o debate relacionando as experiências do general ao âmbito do Ministério Público. Segundo a conselheira, as experiências que Heleno viveu ao longo de sua carreira militar podem auxiliar os membros do MP a encontrarem soluções eficazes para gerenciamento de crises. A conselheira usou como exemplo o crime organizado e as rebeliões em presídios.

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