O evento faz parte do cronograma do Fórum Nacional de Gestão (FNG) do CNMP e contará com a realização de curso e palestra para os integrantes do Ministério Público brasileiro que integram o Comitê de Políticas de Gestão de Pessoas (CPGP). Trata-se de uma Ação Estruturante idealizada após estudos e pesquisas nas unidades do Ministério Público sobre o quantitativo de licenças médicas e índice de adoecimento nas Instituições.
O Ministério Público do Estado de Pernambuco (MP/PE) recebeu nesta quinta-feira, 9 de junho, o primeiro dia da Ação Nacional Estruturante: Qualidade de Vida no Trabalho, atividade promovida pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Membros e servidores de diversas unidades do MP brasileiro estiveram presentes no auditório da Escola Superior do Ministério Público (ESMP), para assistir a palestras sobre a metodologia, os objetivos e o desenvolvimento sobre a qualidade de vida no serviço público e como os MPs podem otimizar e combinar a vida pessoal e a carreira profissional de seus integrantes.
O subprocurador-geral de Justiça em Assuntos Jurídicos, Clênio Valença, representou o procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra de Holanda, e saudou palestrantes e plateia, reforçando que a qualidade de vida no trabalho é um direito de todos. “Promover o bem-estar de membros e servidores alavanca o crescimento de nossa Instituição. Se cobramos motivação e comprometimento, temos que oferecer um bom ambiente e interesse pela evolução de nossos integrantes”, comentou.
Logo em seguida o coordenador-geral do FNG, promotor de Justiça do Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MP/MS), Paulo Roberto Ishikawa, apresentou e analisou os dados da pesquisa que geraram a ação. Segundo ele, a carência por valorização e motivação é muito expressiva dentro dos MPs brasileiros. “Estamos aqui para debater, construir e pactuar um acordo a fim de estruturar um trabalho e suprir essa demanda”, pontuou.
Ishikawa defende que um equilíbrio entre amor ao trabalho, busca por melhorias e ascensão profissional, assim como trazer satisfação e confiança ao cidadão, é a combinação ideal para que o serviço nos MPs se torne vibrante e desperte a realização entre membros e servidores. “A ideia é proporcionar a todos, especialmente aos setores de gestão de pessoas, um momento de reflexão sobre o assunto”, concluiu. Ao final da Ação Nacional Estruturante será apresentada uma proposta de atuação, com o intuito de consolidar uma cultura organizacional que privilegie a saúde física e mental, embasada nos levantamentos realizados pelo Comitê.
Segundo os dados levantados pelo CPGP, em 2015 houve crescimento de 10% na quantidade de afastamentos de membros e servidores em virtude de licença médica com relação aos exercícios de 2013 e 2014. O custo aproximado desses afastamentos é de R$ 115 milhões, considerando a remuneração mensal de cada categoria e o período de afastamento. Apesar de 55% das unidades terem Programa de Qualidade de Vida e em 65% delas existir departamento médico ou junta médica, apenas 25% realizam avaliação médica periódica.
O assessor da Comissão de Planejamento Estratégico, Rogério Carneiro Paes, ressaltou que os MPs necessitam de cada vez mais autoconhecimento e técnicas específicas para lidar com seus problemas internos. “Na busca pela excelência, trazemos especialistas para elaborar o projeto de gestão de pessoas. Ele será construído conjuntamente e legitimado por todos”, assegurou.
O promotor de Justiça e secretário-geral do MP/PE, Aguinaldo Fenelon, referendou a fala de Carneiro Paes e lembrou que é preciso ser feliz no trabalho para ser feliz na vida: “O trabalho faz parte da nossa realização pessoal. Passamos horas do dia ao lado de nossos companheiros. Temos que gostar deles”, destacou.
A psicóloga e professora da Universidade de São Paulo Ana Cristina Limongi-França tratou do tema Qualidade de Vida no Trabalho: Firmando Conceitos e Importâncias, onde palestrou e organizou tarefas e oficinas com os presentes. Ela reforçou que o trabalho saudável e prazeroso é um direito e que pessoas precisam ser cuidadas de forma especializada. “Gestão de qualidade de vida é um permanente esforço em localizar os problemas e interferir, de maneira conjunta, para melhorar e até solucionar”, afirmou. “A condição humana prevê interação social e cooperação. Sem essas atitudes, fica difícil alguma atividade sair a contento”, finalizou.
Nesta sexta-feira, dia 10, a professora Ana Cristina ainda ministrará palestras e oficinas, aliadas a cases ocorridos em MPs. Ao final, deverá ser elaborado um Acordo de Resultados sobre Qualidade de Vida no Trabalho para implementação nos Ministérios Públicos que subscreverem o documento.
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Com foto e informações da Assessoria Ministerial de Comunicação Social do MP/PE.