Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Congresso de Gestão do MP: desembargador aborda medidas para enfrentar as crises mundiais - Conselho Nacional do Ministério Público
Congresso de Gestão
Publicado em 3/8/17, às 13h36.

sustentabilidade insustentavel MG 2315“Medidas para enfrentar as atuais crises mundiais são simples e lógicas. Podem ser facilmente implementadas e evitariam muitas mortes. Mas morreremos sem vê-las implantadas.” Essa é a opinião do desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo Pedro Valls Feu Rosa, que ministrou a palestra “Sustentabilidade insustentável” nesta quinta-feira, 3 de agosto, durante o 8º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público, que está sendo realizado no hotel Royal Tulip, em Brasília/DF.

O evento é promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público e ocorre até esta sexta-feira, dia 4. A palestra do desembargador foi apresentada pelo conselheiro e presidente da Comissão Temporária do Meio Ambiente do CNMP, Sérgio Ricardo de Souza. O membro auxiliar da comissão, Emannuel Levenhagen, também compôs a mesa de apresentação.

O desembargador Pedro Valls relatou que, a cada minuto, 16 adultos morrem vítimas da poluição, e 92% da população mundial vivem em áreas contaminadas. “As mortes decorrentes da poluição do ar matam mais que os acidentes de trânsito, a obesidade e o tabagismo. Tudo isso tem um custo econômico: nos países desenvolvidos, por exemplo, são gastos 800 bilhões de dólares por ano por causa da poluição do ar no trânsito”.

O desembargador propôs quatro providências para enfrentar as crises mundiais: imprensa livre, preservação da autoridade moral das instituições, eficiência das leis e sobriedade do mundo corporativo.

Em relação à imprensa livre, Valls afirmou que a população tem direito ao acesso à informação. Além disso, devem ser concebidas leis que protejam a imprensa do domínio político e econômico.

Sobre a preservação da autoridade moral das instituições, o desembargador afirmou que as instituições perdem a confiança do povo quando seus membros ficam à mercê do poder político.

Acerca da eficiência das leis, Valls chamou a atenção para a necessidade de se eliminar o excesso de burocracia e de se realizar acordos de cooperação entre os países para reduzir os níveis de impunidade.

No tocante à sobriedade do mundo corporativo, o desembargador concluiu que as corporações devem ter limites, pois o que se vê, atualmente, como resultado, é o cometimento de vários crimes, como os ambientais.

O conselheiro Sérgio Ricardo de Souza salientou que a exposição do desembargador trouxe diversas reflexões. “No fim das contas, nos deparamos sempre com o poder econômico. Mas temos de ter a consciência de que, sem proteção ambiental, não teremos recursos econômicos no futuro”, ponderou o conselheiro.

Informações sobre o 8º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público podem ser conferidas na página www.cnmp.mp.br/congresso

Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP). 

Veja aqui mais fotos da palestra.