Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Oficial de Inteligência da Abin fala sobre proteção de documentos no CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público
Segurança
Publicado em 31/8/18, às 15h25.

palestra mNessa quarta-feira, 29 de agosto, o oficial de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Filipe Martins ministrou, no auditório do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília-DF, a palestra “Instrução sobre segurança orgânica com ênfase na proteção de documentos em formato físico e no ambiente digital”. Na plateia, estiveram membros e servidores do Ministério Público brasileiro e do CNMP.

O evento foi promovido pela Comissão de Preservação da Autonomia do Ministério Público (CPAMP) do CNMP, presidida pelo conselheiro Marcelo Weitzel, e fez parte das atividades do “Mês da Segurança Institucional”, já que em agosto ramos e unidades do Ministério Público brasileiro têm realizado, em suas sedes, atividades relacionadas à difusão de uma cultura institucional voltada à segurança. A palestra no CNMP foi pensada para difundir e incentivar a implementação da cultura de segurança institucional no MP, em cumprimento ao disposto na Resolução CNMP nº 156/2016.

A principal mensagem passada pelo palestrante foi a de que cada servidor público deve se conscientizar e realizar uma autoanálise em relação ao risco que corre de ter o computador violado e, consequentemente, seus documentos expostos. “Isso é importante para mitigar o risco. Chorar depois do dano é fácil. O mais importante é criar uma cultura de proteção e prevenção”, falou.

Para se proteger no mundo virtual recheado de hackers e vírus, é importante que o servidor público tome algumas precauções, como não trabalhar com softwares desatualizados e cobrar da área de Tecnologia de Informação a instalação de firewall nos computadores. “Outra dica é não usar a mesma senha para todas as contas e perfis que vocês têm na internet”, disse.

Como causas de vazamento de documentos importantes, o convidado citou situações em que a informação vaza de forma acidental. Por isso, é importante evitar atitudes como ser fotografado com papéis sigilosos ou na frente da tela do computador e, principalmente, não divulgar em redes sociais detalhes de atividades relevantes que sejam de cunho profissional.

Filipe Martins também citou uma grande preocupação que deve ser alvo dos órgãos públicos: a vulnerabilidade humana. Isso porque servidores públicos podem deliberadamente prejudicar as instituições vazando documentos. Para ele, a principal forma de evitar isso é investindo em mecanismos técnicos de auditoria da rede interna para que atitudes erradas possam ser identificadas. É importante também que o órgão público tenha um regulamento que preveja punições a quem cometer esse tipo de infração.

Por fim, o oficial de Inteligência deixou a mensagem de que segurança da informação e eficiência não se excluem. “É possível ter as duas coisas ao mesmo tempo. O nosso desafio é compatibilizá-las, sendo eficiente sem comprometer a segurança”, afirmou.

Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP).