Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. FNG Café: Jorge Duarte defende a comunicação pública estratégica voltada para o cidadão - Conselho Nacional do Ministério Público
Fórum Nacional de Gestão
Publicado em 22/4/20, às 20h18.

Jorge DuarteA 3ª edição do FNG Café, live realizada nesta quarta-feira, 22 de abril, por meio da plataforma Teams, debateu o papel das unidades  de comunicação das instituições públicas em momentos de crise. Para conversar sobre o assunto, a Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) convidou o jornalista e escritor Jorge Duarte. O debate foi mediado pelas coordenadoras do Comitê de Políticas de Comunicação do Fórum Nacional de Gestão  (CPCom), Giselle Correia (MP/MG) e Cristina Barthlomay (MP/RS).

Na live, acompanhada por 354 internautas, Jorge Duarte iniciou sua fala lembrando da Associação Brasileira de Comunicação Pública: ABCPública. “Há unidades regionais que trabalham muito ativamente. É uma entidade nova e que está atuando muito localmente para qualificar os trabalhos dos profissionais de comunicação pública”, informou o professor.  Já acerca do significado da comunicação pública, Duarte disse que este tipo de comunicação tem uma missão muito nobre, que foi perdido alguns anos atrás: “Nós tivemos, durante o século XX, uma tradição muito forte em comunicação governamental, que era trabalhada em uma perspectiva muito negativa, ou seja, a comunicação da publicidade de governo. Então, quando a gente começou a trabalhar com esse conceito de comunicação pública, nós estávamos querendo uma comunicação que tivesse como centro o cidadão”. 

Ainda sobre a missão da comunicação pública, o professor Jorge Duarte destacou que as instituições públicas estão a serviço do cidadão:  “Hoje, ainda há um descompasso entre o que a instituição quer dizer e o que o cidadão está precisando e está querendo saber sobre a instituição”, ponderou. Ele ainda salientou que o papel profissional e qualificado das assessorias de comunicação é fundamental.

Cristina Barthlomay lembrou que uma das questões importantes é a participação dos profissionais de comunicação nas instâncias decisórias: “Eu acho que há algo bem importante nesse processo, que é aferir e sistematizar os resultados”, complementou a coordenadora do CPCom.  Giselle Correia, por sua vez, destacou que o CPCom completa, em agosto, 10 anos: “O comitê está sempre em busca de formar, complementar e integrar ações para ter uma comunicação pública de todo o país muito bem desenvolvida”.  

Sobre o papel estratégico da comunicação, Jorge Duarte defende que há alguns pré-requisitos para a comunicação ser realmente relevante:  “A comunicação é estratégica quando ela causa impacto,  quando ajuda a organização a cumprir sua missão, isto é, quando a comunicação está voltada para a missão da organização. Outra coisa fundamental é a capacidade de influenciar no processo decisório. A gente tem que ter uma atuação com base em resultados.  Para a comunicação ser estratégica ela tem que ser orientada para o futuro. É preciso não lidar apenas com a rotina, mas criar ideias novas e desafiar as equipes da organização”. 

Já a respeito das novas tecnologias e mídias sociais, Jorge Duarte defendeu que  “são uma oportunidade incrível, já que é muito mais eficiente falar diretamente com seu público do que contar com o apoio da imprensa, ainda que a imprensa seja fundamental”.  Segundo o especialista, o desenvolvimento da comunicação digital, nos últimos anos, permitiu uma  variedade enorme de possibilidades: “São novas maneiras pra gente fazer um bom trabalho e, principalmente, falar melhor com nossos públicos. É uma oportunidade de testar ferramentas, experimentar”, pontuou. 

Jorge Duarte finalizou sua participação afirmando: “Nós temos que ter em mente que a comunicação do nosso  órgão público tem que alcançar a todos e, principalmente,  aquele que não tem acesso à informação. O principal instrumento de comunicação de uma organização é a liderança. A comunicação tem que ter uma visão integrada”.  

FNG Café 

O FNG Café é promovido pelo Fórum Nacional de Gestão (FNG), vinculado à Comissão de Planejamento Estratégico (CPE) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O projeto faz parte da estratégia de adequação das atividades à impossibilidade de reuniões presenciais.

O Fórum Nacional de Gestão do Ministério Público (FNG) tem como objetivo promover o debate, o estudo, a articulação e a implementação de melhores práticas de gestão para suporte à atividade-fim do Ministério Público brasileiro. 

Veja aqui a íntegra da 3ª edição do FNG Café.