Qualidade de vida no serviço público é tema de minicurso
O que fazer para manter na empresa bons talentos? Como tornar o trabalho mais prazeroso? Se estivermos tratando de empresa privada, talvez seja mais fácil responder a essas questões. Mas, quando o assunto é Administração Pública, o tema pode ser um pouco mais complicado de se resolver. Questionamentos como esses foram abordados durante o minicurso “Qualidade de Vida no Trabalho” proferido pelo professor da Universidade Federal de Goiás Serigne Ababacar Cissé Ba, durante o 3º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público, que ocorre no Hotel Royal Tulip, em Brasília.
De acordo com Serigne, os gastos com a saúde do trabalhador são a segunda maior despesa das organizações. Apenas 50% dos executivos chegam ao fim da semana com a sensação de dever cumprido. O Brasil ocupa o segundo lugar entre os países que mais desenvolvem doenças devido à tensão do trabalho. Além disso, 1/3 dos profissionais sofre com doenças causadas em função do estresse.
O professor Serigne transpôs para a realidade do serviço público as mais recorrentes dificuldades enfrentadas no ambiente de trabalho. Segundo ele, para se ter qualidade de vida, a Administração deve elaborar estratégias de atuação, de definição de atividades e tarefas para o servidor. “Parece simples, mas a verdade é que o serviço público é e sempre será deficitário quando o assunto é efetivo de pessoal”, afirmou.
Apenas o excesso de trabalho e a falta de profissionais não são motivos suficientes para explicar a má qualidade de vida dos servidores no ambiente profissional. Para o professor Serigne, é preciso que as chefias adotem a cultura do feedback e as estratégias para tornar o ambiente de trabalho mais prazeroso, transformando o panorama de sobrecarga, pressão e tarefas em bem estar.
“Na iniciativa privada isso é facilmente identificado com o investimento em locais para descanso, academias de ginástica nas empresas e até convênio com farmácias. Mas, na área pública, os truques para aumentar a qualidade de vida no trabalho devem ser bem mais criativos, já que a chefia dispõe de poucos recursos”, disse.
O 3º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público prossegue até quarta-feira (5/12).
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