Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Painel reforça a necessidade de prestação de serviços digitais - Conselho Nacional do Ministério Público
Congresso de Gestão
Publicado em 23/9/16, às 14h45.

zenO governo precisa modernizar o atendimento ao cidadão. Essa foi a premissa do painel "Desafios de disponibilizar serviços digitais ao cidadão participativo", parte do 7º Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público. Wagner Araújo, do Ministério do Planejamento, e Nicir Chaves, do Ministério da Previdência Social, falaram de suas experiências enfrentando esse desafio.

Wagner participou da criação do Portal de Serviços (www.servicos.gov.br), com a proposta de concentrar em um só lugar todos os recursos úteis ao cidadão, aos moldes do que o governo britânico fez com o www.uk.gov. "Precisamos comparar nosso atendimento com o do Uber, do AirBnB", provocou. "Hoje, se o McDonald's fosse um órgão de governo, haveria uma fila para comprar comida salgada e outra para comprar doces".

Nicir, por sua vez, fez parte do esforço de modernização do atendimento da Previdência Social, que agora conta com senhas eletrônicas que permitem o acompanhamento do pedido desde a primeira entrada até sua resolução. "Se o Estado conseguisse compartilhar informações, bancos de dados, poderíamos melhorar ainda mais", disse.

Essa interoperabilidade pode inclusive possibilitar boas parcerias com o setor privado, complementou Wagner, citando o exemplo do Cadê o Ônibus, aplicativo que usa uma base de dados aberta do governo de São Paulo para localizar as linhas de ônibus e avisar o usuário de eventuais atrasos.

Alguns dos obstáculos para a implementação desses serviços incluem questões legais que dificultam o compartilhamento de informações sigilosas mesmo entre órgãos do governo ou com autorização do cidadão, e questões culturais da dificuldade do governo e do Ministério Público de se enxergar como prestador de serviço. Para Wagner, porém, a mudança é uma questão de sobrevivência. "Se não fizermos nosso trabalho direito, seremos substituídos por empresas privadas. Pra quem vocês recorrem primeiro, o PROCON ou o Reclame Aqui?".

Foto: Sérgio Almeida (Ascom/CNMP).