Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Saúde mental: conselheira realiza mediação de debate - Conselho Nacional do Ministério Público
Saúde
Publicado em 18/9/20, às 10h00.

Foto.SandraA conselheira Sandra Kriguer, presidente da Comissão da Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) mediou nesta quinta-feira, 17 de setembro, o debate "Saúde Mental da Advocacia: escolha viver como uma experiência única", promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O encontro reuniu a atriz e escritora Bruna Lombardi e o advogado e jornalista Clóvis de Barros Filho para discutir o tema.  

No evento virtual, Sandra Krieguer falou sobre a concepção, em setembro de 2018, da Cartilha da Saúde Mental da Advocacia, de sua autoria. Segundo ela, o trabalho foi feito para chamar a atenção para os abalos e transtornos psíquicos que afligem o cotidiano de advogados e advogadas, além de estimular a reflexão sobre as causas desses transtornos.

"Foi assim, pensando em não falar em suicídio e depressão, mas de onde a vida está, de momentos 'irrepetíveis', de buscar nossa essência naquilo que transcende o dia a dia da profissão, de como enfrentarmos os fantasmas e as incertezas, agora também provocados pela pandemia, que realizamos  esse encontro, um momento certamente especial para todos", afirmou Krieguer.

A atriz Bruna Lombardi, criadora da plataforma digital Rede Felicidade, falou sobre diferentes abordagens para preservação de um ambiente emocional saudável de uma vida com significado e respeito ético. Bruna sublinhou a oportunidade que o encontro representou para tratar do tema para a advocacia.

"A gente não associa esses problemas sobre os quais temos falado há tantos anos com esse setor específico. O advogado, assim como o médico, é alguém a quem recorremos. É um teu porto seguro. É onde você vai buscar o conforto, a solução", disse. "Eles são os que cuidam de nós, mas quem cuida deles? Então acho muito forte esse tema, muito pertinente e muito importante falar para a advocacia. Ninguém está livre, blindado ou acima dessas questões. Todos convivemos com conflitos, desafios e fraquezas", afirmou Bruna.

Já Clóvis de Barros Filho citou excelência, generosidade e alegria como aspectos que podem guiar uma vida menos vulnerável à situações que geram dor e angústia. Ele iniciou sua fala com uma provocação. "Curioso como nesse tempo de quarentena tenho ouvido muito que as pessoas estão esperando tudo voltar. Usa-se muito o verbo voltar. Evidentemente isso denuncia que aceitamos estar vivendo uma vida em compasso de espera. Essa vida em compasso de espera, temos de admitir, não é culpa da pandemia. Quantas aulas da faculdade assistimos esperando acabar? Quantos tantos outros momentos da vida passamos esperando acabar? Quando você espera a ausência de algo que está presente é porque a vida é ruim. Ela é fracassada, é uma vida a evitar", disse.

Ele questionou saudosismos e expectativa exacerbada como coisas que minam a condição para a felicidade. Segundo ele, algum tipo de felicidade, se for possível, é um atributo de onde a vida está e não no passado ou futuro, onde ela não está. Barros afirmou ainda que a quarentena revela o valor de servir e declarou que muito da angústia e da ansiedade advém de uma busca por satisfação egoísta.

Barros defendeu, ainda, o valor do presente e a importância de sua construção. "Se você for esperar que tudo se regularize, que o mundo se organize, que a sociedade fique decente, que as condições ideais de vida se apresentem para que você possa viver bem, talvez você não consiga chegar lá nunca em momento algum. Portanto, a vida que nos toca viver é essa", disse ele.

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