Seu navegador não suporta java script, alguns recursos estarão limitados. Comissão da Saúde do CNMP participa de entrevista em que PGR defende centralização nas decisões para enfrentar coronavírus - Conselho Nacional do Ministério Público
Coronavírus
Publicado em 2/4/20, às 20h30.

image preview 1O presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu nesta quinta-feira, 2 de abril, em entrevista coletiva concedida na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília/DF,   a importância da centralização da tomada de decisões para o enfrentamento de pandemias como a do novo coronavírus. A conselheira do CNMP e presidente da Comissão da Saúde (CES/CNMP), Sandra Krieger, foi representada na ocasião como integrante do Grupo Executivo da Coordenação Nacional Finalística do Gabinete Integrado de Acompanhamento à Epidemia do Novo Coronavírus (Giac-Covid-19).

O entendimento do presidente do CNMP foi apresentado  na entrevista coletiva juntamente com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e demais membros do Giac-Covid-19, órgão que centraliza as iniciativas do Ministério Público brasileiro. Os integrantes da Comissão de Saúde do CNMP Jairo Bisol e Rafael Meira Luz representaram presencialmente a conselheira Sandra Krieger durante o evento. 

Durante o encontro com o ministro, Augusto Aras firmou acordo para troca de informações entre o MP, por meio do Giac-Covid-19, e as autoridades de saúde municipais, estaduais e nacionais com o intuito de agilizar o fluxo de trabalho e as ações de combate à pandemia. “Este gabinete não é do PGR. Este gabinete é do Ministério Público brasileiro”, afirmou o procurador-geral, destacando que participam do Giac procuradores de outros ramos do Ministério Público da União (MPU) e promotores dos Ministérios Públicos estaduais.

“Epidemias são enfrentadas com órgãos centrais para que não se perca a cadeia de comando e não se permita o caos social”, afirmou Augusto Aras, ressaltando a necessidade de o MP brasileiro seguir as recomendações da autoridade central de saúde do país a fim de evitar judicializações em excesso. A avaliação do procurador-geral segue orientação do ministro da Saúde, que ressaltou a necessidade de todos os atores envolvidos no enfrentamento da pandemia estarem coordenados e levarem em consideração a visão nacional do sistema de saúde brasileiro e a situação da pandemia em todo o mundo.

Mandetta exemplificou que, em outros países, uma das razões do colapso no sistema de saúde foi o excesso de comandos unitários, liminares e ações judiciais espalhadas pelo território nacional desarticuladas do comando da crise. “O momento é de todas as instituições serem convergentes”, pontuou. Nesse ponto, o ministro da Saúde ressaltou a harmonização do Ministério Público brasileiro com as autoridades de saúde do país.

A respeito da entrevista coletiva, Sandra Krieger explica que: “O procurador-geral da República enfatizou a importância do grupo constituído pela PGR e pela Comissão de Saúde do CNMP nas ações coordenadas e nas informações prestadas aos membros do MP para a adequada tomada de decisão. O canal estabelecido com o Ministério da Saúde é fundamental para que as informações e subsídios na atuação dos membros seja rápida e efetiva. A vinda do ministro Mandetta foi emblemática nesse sentido”.

De acordo com Mandetta, quando há um compartilhamento da situação nacional com a PGR e essa informação chega a todos os membros do Ministério Público, os procuradores e promotores podem atuar em apoio a todo o país – não somente com vistas a solucionar uma realidade local e imediata. Augusto Aras destacou também a importância da união institucional para conscientizar o povo brasileiro. “O mais importante neste momento é levar a consciência ao povo brasileiro, sem pânico, sem exageros, mas a consciência de que é preciso que trabalhemos todos em conjunto para superar o novo coronavírus”.

Recursos

O procurador-geral informou que a Procuradoria-Geral da República já destinou ao combate ao coronavírus cerca de R$ 2,5 bilhões, que incluem valores resultantes de acordos de colaboração premiada, de leniência e multas penais. “No que toca aos acordos, estamos no esforço não para promover impunidade, pelo contrário. Todos os recursos que o MP até agora conseguiu carrear para o enfrentamento dessa grande questão de saúde pública vêm se fazendo com observância à lei. Estamos abrindo a oportunidade ao diálogo para que, economicamente, os infratores reparem lesões ao Estado, mas também estamos providenciando que os infratores reparem a sociedade. Muitas vezes isso impõe penas de reclusão em regime fechado, semiaberto, aberto e domiciliar”, afirmou Aras.

Ainda sobre a destinação de recursos, o procurador-geral frisou a importância de os valores reservados para o combate à covid-19 a partir da atuação de todo o Ministério Público brasileiro terem uma finalidade específica: aparelhamento do sistema médico-hospitalar nacional, cujos reflexos ultrapassam as demandas decorrentes da pandemia. “Esperamos que a epidemia passe, mas sabemos que estes recursos são relevantes e haverão de ter uma utilidade para além da superação deste problema grave que passa o planeta e o Brasil no particular", acrescentou.

*Com informações e foto da Secom/PGR.

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